Acredita-se que por volta de 1850, o povoado Cemitério ganhava corpo, tanto é que em 12 de março de 1857 é criada a primeira escola pública de ensino primário na localidade para atender cerca de 30 crianças em idade escolar. A escola trouxe progresso com o rádio e 15 anos depois, em 11 de abril de 1872, a povoação deixava de ser eclesiasticamente dependente de Santo Antônio do Propriá e passava a ser chamada de Freguesia de Sant'Ana do Cemitério de Aquidabã. O primeiro vigário foi padre Benvindo Tita de Jesus, seguido pelo padre José Cupertino Nogueira da Silva.
A freguesia é uma das poucas que tiveram Lei Estadual regulamentando o dia e o local para a feira. Isso foi em 16 de abril de 1877. Com a feira, o desenvolvimento chegou com força, provocando querelas com Propriá. Todos os moradores dos povoados Sítio do Meio (hoje Muribeca), Tamanduá (Graccho Cardoso), Malhada dos Bois e Canhoba alcançavam facilmente a Freguesia de Sant'Ana. O nome Cemitério já não revelava o grau de progresso da localidade e aproveitando-se a vitória das tropas brasileiras na Guerra do Paraguai no Riacho Aquidabã, entre o Paraguai e o Mato Grosso, o local recebe esse nome. Aquidabã é guarani e quer dizer"terras entre rios, ilhas, terras férteis e aguadas". Outro município que teria sido "homenageado" por conta da Guerra do Paraguai é Riachuelo.
VILA E INTERVENÇÃO
Através da Lei 1.215, de 4 de abril de 1882, Aquidabã consegue sua independência de Propriá e torna-se vila. Mas curiosamente a vila não é instalada oficialmente. A Câmara de representantes composta não reconhece a Proclamação da República e, através de um ato em novembro de 1898, o Governo do Estado decreta a intervenção e nomeia como interventor Francisco Figueiredo. Já em março de 1890, os vereadores são depostos e é formado um Conselho de Intendência composto por Antônio Inácio de Morais, Raimundo Ezequiel Henrique e Amaro Vieira dos Santos Maia.
O município ganhou mais prosperidade. A feira ganhou projeção estadual. Para lá corriam grandes fazendeiros e seus rebanhos. Suas terras férteis eram campos para frutas, feijão, milho, fumo, algodão e mandioca. O comércio de secos e molhados era um dos mais ricos da região. As famílias Morais, Maia, Amaral; e depois os Guimarães, Figueiredo, Onias, Teodoro e Oliveira deixaram marcas importantes na história de Aquidabã. Mas só em 8 de outubro de 1935, no Governo de Eronides de Carvalho, Aquidabã deixa de ser vila e passa a cidade. Seu primeiro prefeito eleito foi Acelino José da Costa.
Esse é um breve histórico sobre nossa linda cidade para conhecer mais sobre a aniversariante segue abaixo os endereços que tomamos como referência.
AQUIDABOM
ME ARRECORDO DE CRIANÇA O CANTAR DOS PASSARINHOS
A DESPERTAR MINHA MANHÃ, SERENATA BEM CEDINHO.
ME ARRECORDO DE PAPAI, A RECLAMAR PELA BÓIA,
SAINDO PARA O LABUTO, PARECIA PARANÓIA:
_MARIA, BOTOU FARINHA? E A ÁGUA NA CABAÇA?
_NÃO SE ESQUEÇA DA JABÁ! SEM ELA NADA TEM GRAÇA.
NOSSA! COMO ME ARRECORDO! DO VELHO CARRO DE BOI
DO CHIAR DE SUAS RODAS, COMO A CONSOLAR QUEM FOI
NUMA LINDA SINFONIA, MÚSICA PARA MEUS OUVIDOS,
LEVAVA NOSSA ESPERANÇA E TRAZIA O PROMETIDO.
QUER VER FESTA ERA NA FEIRA, NÓIS CHEGAVA DE MANHÃ,
MUSIQUINHA ANUNCIANDO, ACORDA AQUIDABÃ!
TROUXEMOS BATATA E INHAME, GALINHA E LEITE DE VACA,
MILHO DE CUSCUZ E ABÓBORA, FEIJÃO VERDE, FAVA E JACA.
EU FICAVA FASCINADO, TANTA CASA TÃO JUNTINHA,
CADA UMA MAIS BONITA COMPARANDO COM A MINHA.
A TRADIÇÃO DE NOSSAS FESTAS ERA COISA TÃO BACANA,
DUAS DELAS EM DESTAQUE: “REIS E SENHORA SANTANA”.
EU PASSAVA O ANO INTEIRO SÓ JUNTANDO UM DINHEIRINHO,
O PANO PRA NOSSA ROUPA, MÃE COMPRAVA BARATINHO.
E TODOS NÓS IA BRILHANDO NAQUELAS ROUPAS DE CHITA,
E MAMÃE TODA FELIZ, ERA A COISA MAIS BONITA.
DE TUDO ISSO EU ME ARRECORDO COM PESAR NO CORAÇÃO,
MAS EU VIVI TUDO ISSO, NA MAIOR SATISFAÇÃO.
O NAMORO NO CINEMA E NO CORETO DA PRACINHA,
O PASSEIO DE MARINETE SEMPRE AO LADO DE ROSINHA.
MEU LUGAR SEMPRE FOI RICO, EM OPÇÕES DE LAZER,
NOS POVOADOS OU NA CIDADE SEMPRE SE ENCONTRA O QUE FAZER.
A AGRICULTURA E A PECUÁRIA SEMPRE FOI UM MARCO FORTE,
ORGULHO DO NOSSO POVO E O NOSSO PASSAPORTE.
Homenagem à Aquidabã pelo Prof. Hugo Silvino Mendonça
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/sergipe/aquidaba.pdf
http://www.midiaindependente.org/pt/red/2007/10/397152.shtml
Que linda homenagem a nossa bela cidade!Marcia Soares.
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